Como todo bom nutricionista sabe, a melhor forma de incluir uma alimentação mais saudável é por meio de uma dieta muito bem pensada para cada indivíduo, isto é, um plano alimentar.
Um plano alimentar nada mais é do que um guia dos alimentos que o seu paciente precisa comer. No entanto, você pode estar se perguntando: como montar um plano alimentar eficiente e personalizado?
Se você quer se aprofundar mais sobre esse assunto, a gente te ajuda nesse artigo. Vamos apresentar o passo a passo para que você use metodologias a seu favor e tenha mais sucesso nesse processo. Boa leitura!
1. Entreviste o Paciente
O primeiro passo de como montar um plano alimentar de qualidade é conhecendo muito bem o seu paciente. Por isso, a primeira etapa é justamente o processo de entrevista.
Esse é o momento de montar o perfil dele, por isso, envolve o conhecimento de três assuntos importantes que vamos falar em seguida:
- Objetivos;
- Alimentação;
- Histórico familiar.
a) Objetivos
Antes de tudo, você precisa saber por qual razão o seu paciente quer começar a seguir um plano alimentar. Os motivos variam muito, mas é sempre a partir deles que você vai entender qual caminho seguir para alcançar a meta pretendida.
Entre os principais objetivos estão a definição do corpo e, hipertrofia, busca pelo emagrecimento e o tratamento de distúrbios alimentares, bem como a obesidade.
Todas essas metas são completamente diferentes e, por isso, demandam diferentes planos alimentares.
b) Alimentação
A segunda investigação da entrevista diz respeito a toda alimentação e hábitos alimentares que o paciente já tem, bem como alergias e uso de medicações.
É importante também conhecer bem as dietas anteriores que ele já começou para entender o sucesso do indivíduo nesses processos.
Por fim, é essencial compreender como funciona a rotina dele, principalmente no que diz a horários. Isso vai ajudar bastante a criar circunstâncias que facilitarão a alimentação desejada pelo plano alimentar.
c) Histórico Familiar
Por último, mas não menos importante, é de extrema importância entender questões genéticas, isto é, o histórico da família do paciente. Todas as doenças e predisposições que o paciente está exposto precisam ser esclarecidas.
É importante ter bastante cuidado e respeito nessa etapa, pois muitas vezes o histórico de vida pode se tratar de um assunto delicado para o paciente.
Além do histórico familiar, o contexto familiar também é importante. Isso porque todos os membros da família, principalmente quando o paciente mora com eles, podem atrapalhar o sucesso do plano alimentar que você elaborou.
2. Faça Uma Avaliação Física
A segunda etapa de como montar um plano alimentar diz respeito às avaliações físicas do paciente. Isso é importante principalmente quando os objetivos dele envolvem hipertrofia ou emagrecimento.
O objetivo da avaliação física como um todo é entender as condições físicas do indivíduo.
Isso vai acontecer por meio da coleta das medidas corporais dele. Algumas das medidas antropométricas que são coletadas neste processo são:
- Peso, calculado por balanças digitais;
- Altura, que é medida pelo estadiômetro;
- Dobras Cutâneas, calculadas pelo adipômetro;
- Diâmetro Ósseo, que se mede por meio do paquímetro;
- Circunferências corporais, medidas por meio das fitas antropométricas;
- Índice de Massa Corporal (IMC), calculado com base em equações;
- Hidratação corporal, medido por meio da bioimpedância.
Todas essas medidas vão servir de base para analisar a evolução do paciente durante seu acompanhamento.
3. Monte Um Plano Alimentar Personalizado Para Cada Paciente
Tendo informações particulares sobre o paciente e conhecendo sua composição corporal, é momento de montar um plano alimentar personalizado para ele.
Entre os pontos mais importantes nesse processo é ter equilíbrio quanto às quantidades de carboidratos, proteínas e gorduras que seu paciente vai ingerir durante os dias. Ao mesmo tempo, se basear apenas em calorias pode ser muito contraprodutivo.
Assim como você, seu paciente deve ter pleno entendimento que o plano alimentar dele precisa ser voltado para a nutrição equilibrada, sem restrições calóricas, mas respeitando todas as particularidades e objetivos dele.
É entendendo as preferências alimentares do indivíduo que você pode fazer um plano alimentar mais assertivo. Por fim, também é importante orientar seu paciente para lidar com exceções durante o processo.
4. Deixe Espaço Para Variações
Um ponto muito importante para se atentar durante a produção do plano alimentar é deixar espaço para variações. Ao criá-lo, você deve escolher as variadas opções de alimentos que o paciente pode escolher em cada refeição.
Dessa forma, ele não vai sentir que está sempre comendo a mesma coisa e isso vai ser muito benéfico para garantir que ele siga, de fato, o plano. O processo de conhecer bem o paciente vai ajudar bastante nisso.
Quando você dá mais opções para o paciente, além de garantir que ele consuma os nutrientes que são necessários, fica mais difícil dele fugir da dieta.
5. Use a Tecnologia a Seu Favor
Um último elemento muito importante para quem quer saber como montar um plano alimentar personalizado e de qualidade é aproveitar ferramentas tecnológicas em seu favor.
Existem muitos aplicativos para nutricionistas que otimizam o processo de montagem de um plano alimentar, o que pode ser excelente para ganhar tempo e produtividade no trabalho, principalmente em dias atarefados.
Aplicativos são bons tanto para quem está começando como para quem já tem mais experiência, pois sempre representa um ganho de tempo, oferecendo mais objetividade para o profissional.
Além da montagem do próprio plano, você pode usar aplicativos também para reunir informações como históricos familiares, objetivos e medidas antropométricas.
Conclusão
Nesse artigo você pode entender mais sobre como montar um plano alimentar personalizado e de qualidade. Desde uma boa entrevista até o investimento em tecnologia, existem vários pontos para se atentar.
Para se ter sucesso, no entanto, o mais importante é sempre respeitar as limitações e particularidades de cada paciente!